Aerofla vira mar vermelho e Flamengo embarca rumo à final da Libertadores em clima de decisão

O Rio de Janeiro virou uma onda vermelha e preta nesta quarta-feira. O tradicional Aerofla reuniu uma multidão impressionante nos arredores do Aeroporto Internacional Tom Jobim para empurrar o Flamengo rumo à final da Libertadores contra o Palmeiras. O que era um simples embarque virou um momento de catarse coletiva.

Desde cedo, torcedores se espalharam pelas vias próximas ao Galeão, ocupando calçadas, viadutos e grades de proteção. Quando o ônibus do elenco surgiu, a festa ganhou contornos de final antecipada: fumaça rubro-negra, cantos ensurdecedores e sinalizadores iluminando o céu.

A mobilização obrigou o município a montar uma operação especial, com bloqueios de tráfego, orientação aos motoristas e presença reforçada de equipes de ordem urbana. Até o esquema de segurança teve ajustes extras por causa da movimentação intensa registrada ao longo do dia.

Mesmo com o volume impressionante de gente, o clima predominante foi de emoção — aquela mistura de fé, nervosismo e certeza de que “agora vai”. Muitos torcedores descreviam o momento como um recado direto ao elenco antes da viagem para Lima.

No caminho até o embarque, os jogadores foram recebidos como heróis. Batidas no vidro do ônibus, bandeirões escorados no capô, gritos de incentivo vindos de todos os lados. Um cenário que resume bem a expectativa gigantesca criada para a final.

O Flamengo deixou o Rio carregado pelo peso da própria torcida. O Aerofla mostrou que, para os rubro-negros, a final já começou — e começou no asfalto da cidade ainda antes do apito inicial.